AFLIÇÕES
AFLIÇÕES Algumas invitam à superação, todas, porém, com finalidade depurativa, para quem lhes suporta a presença. Nem todos os homens, porém, logram entendê-las, a fim de conduzi-las conforme seria o ideal. Em razão disso, há aflições que anestesiam os sentimentos, como outras que desarticulam o equilíbrio, levando a alucinações e resultados infelizes... Os aflitos tropeçam nos campos da ação redentora, e porque tresvariados pelo inconformismo e pela rebeldia, agridem e são agredidos. Não obstante, as aflições atuais têm as suas nascentes nos actos passados, próximos ou remotos de cada ser e da sociedade em geral, que devem ser reparados. A oportunidade da aflição é bênção, porque objetiva reeducar e propiciar crescimento a quem lhe recebe a injunção. Os que, todavia, não lhe aceitam a condição, perdem o ensejo redentor. Jesus anunciou que são "bem-aventurados os aflitos", não, porém, todos os aflitos, porque somente aqueles que lhe recebem o impulso iluminativo, são os que logram alar-se no rumo dos Altos Cimos. A aflição pode destinar-se ao mister de prova ou de expiação. A prova avalia, examina, promove. A expiação trabalha, reeduca, resgata. A prova não tem, necessariamente, uma causa negativa, porquanto pode também representar um apelo do Espírito para granjear títulos de enobrecimento, depurando-se a pouco e pouco. A expiação tem a sua gênese no erro, impondo-se como condição fundamental para a quitação de débitos contraídos. A prova é de escolha pessoal, enquanto a expiação é inevitável e sem consulta prévia. Bendize as tuas provas e elege a ação do bem como técnica de crescimento para si mesmo. Agradece as expiações, por mais ásperas se te apresentem, porquanto elas te propiciam a conquista do equilíbrio perdido, auxiliando-te a recompor e a reparar. Seja qual for o capítulo das aflições em que estagies, reconforta-te com a esperança, na certeza de que, suportando-as bem, amanhã elas te constituirão títulos de luz encaminhados à contabilidade divina, que então te alforriará da condição de preceito e devedor, conduzindo-te à plenitude da paz, completamente liberado. [Joanna de Ângelis] [Divaldo Franco] [Alegria de Viver] [Editora LEAL] | |||
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