domingo, agosto 27, 2006 

Os diversos caminhos para dizer "eu te amo"


O ser humano só pode existir em paz consigo mesmo se puder se relacionar com uma pessoa a quem diga, com palavras e gestos, "eu te amo" e de quem ouça com total sinceridade: "Eu também te amo".

Roberto Shinyashiki

sábado, agosto 26, 2006 

Tributo à Vida


Obrigada Vida, por me proporcionar o dia de HOJE!

Sei que este dia é a minha chance de guardar as boas lembranças do passado e conservá-las como presentes que me fizeram sorrir.

Sei que este dia me dá a oportunidade de deixar para trás tudo aquilo que eu permiti que me fizesse chorar, só conservando comigo as lições que eu aprendi.

Sei que essas lições me tornaram mais forte para viver no dia de HOJE.

Sei que, seja como for, assim como tantas coisas já passaram, este dia também passará.

Obrigada Vida, por mais uma jornada de 24 horas que certamente são, no mínimo, mais 24 lições.

Obrigada por me dar a consciência de que o dia de ontem me trouxe informações que HOJE posso usar ou jogar fora.

E obrigada, acima de tudo, por me ensinar a cada dia que o amanhã é algo que está fora do meu controle, não podendo ser alvo de seta de preocupação que certamente se perderia.

Obrigada Vida, por me ensinar HOJE que ainda não existe o futuro, que já não existe o passado, e que eu só posso agir no momento presente, deixando nas mãos de Deus tudo o que pra mim foi planejado.

©Silvia Schmidt

domingo, agosto 20, 2006 

Renovando!



Alma Renova-te!

Lamenta, chora, argumenta, pede, e ora.


De emoções tu és feita.

Jogue ao vento tua poeira.

Lave teu ego de qualquer maneira.

Solte tua voz na cordilheira,

Dance na estrada, mesmo que sem beira.


Sacode forte toda tua poeira,

De alma lavada, renovada,

Vista-te de tua fé companheira!

Calce-te de Esperança,

E em tua alma renovada,


Diga: Amém!!!

A tua vida inteira!

Cora Maria

http://www.coramaria.com.br


Dedico esta poesia a meu irmão que, sem nos avisar partiu, enquanto aqui esperavámps por ele para mais uma vez sentir o seu sorriso franco e aberto e curtir a sua gargalhada e a boa camaradagem!

Que a Luz do Cristo Jesus te Ilumine os passos na viagem de regresso à pátria do Espírito.

Até sempre!

quarta-feira, agosto 16, 2006 

Sobre estar sozinho


Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio.

As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.

O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

A ideia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.

O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.

Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher.

Ela abandona suas características para se amalgamar ao projeto masculino.

A teoria da ligação entre os opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber o que eu não sei.

Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante.

Uma idéia prática de sobrevivência e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria.

Estamos trocando o amor de necessidade pelo amor de desejo.

Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.

Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhase aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.

Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras.

O outro, com o qual se estabelece um elo, também sente uma fração.

Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo e depois tem de ir se reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou.

Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.

O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.

A nova forma de amor, tem nova feição e significado.

Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades.

E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.

Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.

A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso.

Ao contrário, dá dignidade à pessoa.

As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem juntos.

Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único.

Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.

Muitas vezes pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.

Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.

Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.

Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças,

respeitando a maneira de ser de cada um.

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.

Nesse tipo de ligação, há aconchego o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.

Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo...

"A PIOR SOLIDÃO É AQUELA QUE SE SENTE QUANDO SE ESTÁ ACOMPANHADO"

Flávio Gilkovate (médico psicoterapeuta)

segunda-feira, agosto 07, 2006 

Bons sentimentos...



Quando o interior do homem é preenchido com amor, sua vida torna-se plena de bem-aventurança e ele é sempre sadio e sincero.

Actualmente, o homem sofre de numerosos males, cuja causa fundamental é uma mente doente.

Não há morte para a mente, embora, quando o corpo enfrenta a morte, a mente pense que está morrendo.

É dito que a mente é a causa da escravidão ou da libertação.

Maus pensamentos causam escravidão; bons pensamentos levam à libertação.

Portanto, todos deveriam desenvolver bons pensamentos e realizar boas ações. Tais bons sentimentos podem nascer somente do amor.

Sathya Sai Baba

sexta-feira, agosto 04, 2006 

Mãe Terra!


Mãe Terra!

Perdoa estes teus filhos

que a ti destroem

Perdoa estes teus filhos

que em teu seio acolhes gentilmente

oferecendo, tuas águas, tuas matas,

teu solo para o nosso alimento.


Te afrontamos sem a menor piedade,

arrancamos tuas arvores,

sujamos teus rios, teus mares,

e poluímos teus ares.


Extraímos do fundo de tuas entranhas

teu líquido precioso,

formando um grande vácuo nas tuas profundezas,

em favor do nosso progresso.


E tu mãe,

e tu agonizando silenciosamente...

Quando aprenderemos

que um dia tu ressentida, doente,

nada mais terá a nos ofertar?


Além de tanto te maltratarmos,

ainda nos oferece teu solo,

para nos agasalhar na morte.


E nós mãe?

O que temos feito para te preservar?

O que temos feito

para que não venhas a agonizar?


Nós, filhos ingratos que te pisamos,

que te agredimos,

que sejamos ao menos dignos

em reconhecer que um dia

nada mais terá a nos oferecer.


Neste dia lembraremos dos bons tempos

em que tínhamos todas as estações

Lembraremos que nos brindava

com raios e trovões,

com o sol delicioso, ameno, gentil,

assim como o frio

que nos aconchegava uns aos outros,

embelezando de branco

nossos caminhos e nossos telhados.


Mãe terra,

Mãe generosa.

Nós teus filhos,

cravamos um punhal em teu coração,

mãos que matam,

mãos sangrentas mãe...


Perdoa-nos pelas agressões,

perdoa-nos por nossa ignorância,

nossos filhos sofrerão

o poder da nossa ganância...


Na tua morte, todos morreremos,

e será tarde demais

para que reconheçamos

que tu é a vida de nossas vidas.

Cora Maria

http://www.coramaria.com.br

quarta-feira, agosto 02, 2006 

A era da consciência



Ao longo do tempo a civilização humana passou portransformações coletivas que deram um novo rumo à nossa história. Assim foi com a Renascença, com o Iluminismo, com a era industrial, até chegar ao século XXI com o movimento que chamamos de era da Consciência. Se Descartes oficializou o uso da Razão, hoje, com todas as descobertas da neurociência, precisamos oficializar a Consciência. Para isto precisamos reaprender a concepção holística e integrada da vida. Precisamos deixar de nos ver como seres fragmentados e separados do Todo e compreender a profunda conexão que existe entre tudo e todos. A começar pela integração consciente da função de nossos dois hemisférios cerebrais. Sempre privilegiamos o pensamento lógico e racional, minimizando a intuição, a percepção extra-sensorial, os fenômenos chamados paranormais (e que são absolutamente normais!), os estados de expansão da consciência, etc.. Para termos a Consciência no comando, temos de desenvolver o pensamento da unidade, a integração dos dois hemisférios, o esquerdo e o direito, o néo-cortex e o límbico, a razão e o coração. Porque Consciência é unidade.

Começam a se tornar reconhecidas novas abordagens da saúde, como a medicina vibracional e a psicologia transpessoal. As contribuições da física quântica, da psico-neuro-imunologia, da teoria morfogenética e outras, dão fundamentação científica a tudo aquilo que antes era preconceituosamente julgado misticismo ou charlatanismo. Só não vê quem não quer.

Não somos uma máquina pensante, há um Eu que pensa em nós. Isto equivale a colocar de volta o piloto em sua cabine de comando. Temos uma máquina poderosa que é o nosso cérebro, com suas fantásticas glândulas produtoras dos hormônios da vida. Mas quem comanda tudo isso é a Consciência.

Por tanto tempo deixamos essa máquina mental operando no “piloto automático” que agora temos de reaprender a manobrar seus comandos. O “piloto automático” corresponde à matrix a nossos condicionamentos, nossos padrões, nossos mecanismos repetitivos. Tornou-se a normose denunciada por Pierre Weil, ou seja, tudo aquilo que fazemos sem pensar, como a insensibilidade diante da morte, a banalização da violência, a mediocridade dos programas de TV que assistimos passivamente, a convivência resignada com a corrupção, o consumo de alimentos que não satisfazem à saúde, enfim; esta é a nova neurose do século. Isto é o que delegamos no comando de nossa fabulosa máquina mental, enquanto que o nosso verdadeiro Eu viaja no banco dos passageiros...

Retomar os controles exige método, disciplina, aprendizado. E para isso, como diria um famoso comentarista dos jogos da Copa, é preciso ter “atitude”. O que é ter “atitude” em relação à Consciência? Primeiramente começar por entender nosso universo mental interior e suas múltiplas dimensões. Isto significa parar de brincar com o ego e prestar mais atenção ao nosso verdadeiro Eu, aquele que realmente deve pilotar a nossa vida.

Em seguida, aprender como operar a incrível rede de neurônios que dirige nosso corpo físico e emocional. Como podemos pretender dirigir uma máquina se não conhecemos seus circuitos de força?

Infelizmente, a educação formal ainda não deu a devida importância ao desenvolvimento da Consciência. Por isto tais conhecimentos precisam ser buscados em fontes não oficiais. Diz um antigo adágio que quando o discípulo está pronto o Mestre aparece. Quer dizer: quando essas questões começam a aflorar na consciência é que ela está pronta para engajar-se na grande busca. É isso que nos leva a um Mestre, esteja ele dentro ou fora de nós.

É verdade que a humanidade está sofrendo pela falta de valores éticos e morais. O sistema acadêmico que conhecemos não promove a qualificação das pessoas tendo em vista tais valores. As Universidades lançam no mercado muitas mentes brilhantes, mas com pouca sabedoria. Talvez isto seja conseqüência de muitos erros do passado, mas precisamos reconhecer que o método científico, em busca do sonho cartesiano de uma verdade pura e objetiva, baniu de seus processos a Consciência.

Mas, como pode banir do conhecimento justamente aquilo que lhe dá significado?

Acreditamos que, enquanto a ciência e a tecnologia estiverem sob o domínio de paixões tão primitivas, como as vaidades do ego controladas pela busca insana de lucro, prestígio e poder, o progresso não será acompanhado pelo desenvolvimento moral do ser humano. Neste sentido, somos ainda uma civilização subdesenvolvida. O que move as pesquisas e o avanço tecnológico ainda são os interesses comerciais de uns poucos que detém o poder nas mãos.

Mas isto vai mudar. Porque as consciências estão mudando. E chegará o dia em que teremos uma tecnologia verdadeiramente humana (agrícola, medicinal, social e política) direcionada por outros valores e voltada para o bem estar real de nossa civilização. Porque o maior desenvolvimento de nosso século será o da Consciência.

Mani Alvarez é psicanalista de orientação Transpessoal e diretora do Instituto Humanitatis, em Campinas, cuja filosofia se baseia na convicção de que precisamos trazer de volta a Consciência aos processos mentais.

http://www.humanitatis.com/

por Mani Álvarez
mani@humanitatis.com

terça-feira, agosto 01, 2006 

Esforço



Por vezes, na vida, ante alguns fracassos, nos entristecemos e desistimos de lutar.

Tarefas iniciadas são abandonadas. Profissões dignas são deixadas à margem.

Tudo em nome de um fracasso, um dia, uma vez.

Recordamos que, certa vez uma estudante de violino, durante um concerto, teve a infelicidade de ter o arco do instrumento esticado em demasia.

Isso fez com que arrancasse do violino um lancinante gemido de gato. O lá desafinou, os seus dedos, umedecidos pela transpiração nervosa escorregaram no braço do violino.

Seu desejo era cair morta.

Mas corrigiu a tensão das cordas, enxugou as mãos no vestido e continuou.

Ao finalizar correu para os bastidores e exclamou:

"Nunca mais tocarei violino."

Uma excelente artista que ouviu seu desabafo, lhe falou:

"Você já observou como cantam os pássaros? Sabe porque Deus os criou? Para que alegrassem o homem e ele não sucumbisse à tristeza.

Não vê? Deus deu a muitas pessoas aptidões para tornarem os homens felizes. Ele deu a você a possibilidade de tocar violino. Não deve lhe desobedecer e sim utilizar sua aptidão para lhe agradar. Tudo isso faz parte do seu grande plano."

A menina pensou e pensou. No dia seguinte, ergueu-se cedo e retomou as longas horas de estudo do seu violino.

O esforço é lei da vida. Todos os seres, de uma forma ou de outra, não podem fugir a isso.

Mecanismo de evolução, promove o progresso, estimula a experiência.

Graças ao esforço os homens se enriquecem emocional, cultural, artística e economicamente.

Não houvesse esforço e a vida permaneceria nas suas expressões primitivas, iniciais.

Tudo trabalha e se esforça em a natureza.

Os ventos e as chuvas realizam o seu esforço na erosão dos montes e da crosta terrestre.

A gota d`água, no seu cair sem parar, cria as belezas que nos deslumbram os olhos nas grutas, no silêncio das furnas, promovendo formas curiosas e especiais.

Onde se apresente o esforço, floresce a paz. E onde a ação movimenta o progresso, vibra a alegria.

Você sabia?

Que a grande cantora madame Ernestine Schumannheink durante um dos seus concertos vacilou e falhou?

E que mesmo assim, corajosamente dominou-se e foi até o fim?

E assim a "maravilhosa dama" como era chamada nos últimos anos, continuou cantando em concertos e no rádio, prosseguindo como os pássaros a espalhar alegria entre os homens.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base nos livros Perfis da vida, cap. Perfil do esforço, e Remotos cânticos de Belém a Calhandra.

www.momento.com.br