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quinta-feira, janeiro 05, 2006 

Vamos cantar às Janeiras













Natal dos simples

Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas

Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte

Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra

Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza

Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura

Letra e música: Zeca Afonso (reis, janeiras, canção de Natal)
In: Cantares de Andarilho;














foto retirada de http://www.novaguarda.pt

Este canto que ano ap?s ano ainda se repete em algumas regiões do nosso paí­s, é o canto das janeiras. No Sootavento do Algarve recebe a denominação de charolas.

As pessoas em grupo cantam de porta em porta; nas véspera de Ano Novo e também na do Dia de Reis.
No seu canto em versos ao desafio, anunciam o nascimento do Cristo Jesus e dão vivas ao novo ano recém-nascido.
Dentro de uma alcofa ou numa caixa de madeira, alguns transportam consigo o í­cone do Menino Jesus. E no momento da despedida o dono da casa onde acabaram de cantar à porta, em jeito de dar os agradecimentos, dá ao grupo oferendas.

Estas belas tradições da época do Natal, estão enraizadas na memória cultural do nosso povo, e transportam a memória de outros eras e gerções passadas.

Post Scriptum: Engraçaado que acabando de postar este texto, um grupo de janeiras canta à minha porta e no fina lá levaram de oferenda as merecidas filhoses e sonhos (de abóbora)...

Aqui em Quarteira não chove, antes pelo contrário e pelo que ouvio nos altifalantes da avenida, deverão ter feito mesmo um concurso entre vários cantos de janeiras...

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