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quarta-feira, agosto 02, 2006 

A era da consciência



Ao longo do tempo a civilização humana passou portransformações coletivas que deram um novo rumo à nossa história. Assim foi com a Renascença, com o Iluminismo, com a era industrial, até chegar ao século XXI com o movimento que chamamos de era da Consciência. Se Descartes oficializou o uso da Razão, hoje, com todas as descobertas da neurociência, precisamos oficializar a Consciência. Para isto precisamos reaprender a concepção holística e integrada da vida. Precisamos deixar de nos ver como seres fragmentados e separados do Todo e compreender a profunda conexão que existe entre tudo e todos. A começar pela integração consciente da função de nossos dois hemisférios cerebrais. Sempre privilegiamos o pensamento lógico e racional, minimizando a intuição, a percepção extra-sensorial, os fenômenos chamados paranormais (e que são absolutamente normais!), os estados de expansão da consciência, etc.. Para termos a Consciência no comando, temos de desenvolver o pensamento da unidade, a integração dos dois hemisférios, o esquerdo e o direito, o néo-cortex e o límbico, a razão e o coração. Porque Consciência é unidade.

Começam a se tornar reconhecidas novas abordagens da saúde, como a medicina vibracional e a psicologia transpessoal. As contribuições da física quântica, da psico-neuro-imunologia, da teoria morfogenética e outras, dão fundamentação científica a tudo aquilo que antes era preconceituosamente julgado misticismo ou charlatanismo. Só não vê quem não quer.

Não somos uma máquina pensante, há um Eu que pensa em nós. Isto equivale a colocar de volta o piloto em sua cabine de comando. Temos uma máquina poderosa que é o nosso cérebro, com suas fantásticas glândulas produtoras dos hormônios da vida. Mas quem comanda tudo isso é a Consciência.

Por tanto tempo deixamos essa máquina mental operando no “piloto automático” que agora temos de reaprender a manobrar seus comandos. O “piloto automático” corresponde à matrix a nossos condicionamentos, nossos padrões, nossos mecanismos repetitivos. Tornou-se a normose denunciada por Pierre Weil, ou seja, tudo aquilo que fazemos sem pensar, como a insensibilidade diante da morte, a banalização da violência, a mediocridade dos programas de TV que assistimos passivamente, a convivência resignada com a corrupção, o consumo de alimentos que não satisfazem à saúde, enfim; esta é a nova neurose do século. Isto é o que delegamos no comando de nossa fabulosa máquina mental, enquanto que o nosso verdadeiro Eu viaja no banco dos passageiros...

Retomar os controles exige método, disciplina, aprendizado. E para isso, como diria um famoso comentarista dos jogos da Copa, é preciso ter “atitude”. O que é ter “atitude” em relação à Consciência? Primeiramente começar por entender nosso universo mental interior e suas múltiplas dimensões. Isto significa parar de brincar com o ego e prestar mais atenção ao nosso verdadeiro Eu, aquele que realmente deve pilotar a nossa vida.

Em seguida, aprender como operar a incrível rede de neurônios que dirige nosso corpo físico e emocional. Como podemos pretender dirigir uma máquina se não conhecemos seus circuitos de força?

Infelizmente, a educação formal ainda não deu a devida importância ao desenvolvimento da Consciência. Por isto tais conhecimentos precisam ser buscados em fontes não oficiais. Diz um antigo adágio que quando o discípulo está pronto o Mestre aparece. Quer dizer: quando essas questões começam a aflorar na consciência é que ela está pronta para engajar-se na grande busca. É isso que nos leva a um Mestre, esteja ele dentro ou fora de nós.

É verdade que a humanidade está sofrendo pela falta de valores éticos e morais. O sistema acadêmico que conhecemos não promove a qualificação das pessoas tendo em vista tais valores. As Universidades lançam no mercado muitas mentes brilhantes, mas com pouca sabedoria. Talvez isto seja conseqüência de muitos erros do passado, mas precisamos reconhecer que o método científico, em busca do sonho cartesiano de uma verdade pura e objetiva, baniu de seus processos a Consciência.

Mas, como pode banir do conhecimento justamente aquilo que lhe dá significado?

Acreditamos que, enquanto a ciência e a tecnologia estiverem sob o domínio de paixões tão primitivas, como as vaidades do ego controladas pela busca insana de lucro, prestígio e poder, o progresso não será acompanhado pelo desenvolvimento moral do ser humano. Neste sentido, somos ainda uma civilização subdesenvolvida. O que move as pesquisas e o avanço tecnológico ainda são os interesses comerciais de uns poucos que detém o poder nas mãos.

Mas isto vai mudar. Porque as consciências estão mudando. E chegará o dia em que teremos uma tecnologia verdadeiramente humana (agrícola, medicinal, social e política) direcionada por outros valores e voltada para o bem estar real de nossa civilização. Porque o maior desenvolvimento de nosso século será o da Consciência.

Mani Alvarez é psicanalista de orientação Transpessoal e diretora do Instituto Humanitatis, em Campinas, cuja filosofia se baseia na convicção de que precisamos trazer de volta a Consciência aos processos mentais.

http://www.humanitatis.com/

por Mani Álvarez
mani@humanitatis.com

acredito que a conscientização deve nascer por nós...
a nossa unificação
nossa consciência de união... pois na verdade somos todos parte de um todo - uma metonímia ambulante com aliterações. xD

abraço de um louco

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