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domingo, março 19, 2006 

Humano




Tu és outra das minhas faces


Dizes palavras
Que poderiam sair da minha boca
E sentes emoções
Que poderiam mover-me
Sofres dores
Que poderiam doer-me
E os teus pensamentos
Poderiam andar no meu mundo interior


Quando sorris,
Partilho a tua alegria
E também tenho lágrimas para o teu choro
Como tu podes consolar
As minhas mágoas


Com os teus olhos,
Vejo mil outras imagens
De mundos nossos


Como poderia não ser contigo?


Vítor Rodrigues

Retirado de Passagens Interiores, Exercícios e Reflexões de Desenvolvimento Pessoal. Livros Horizonte. Lisboa


Este poema mostra-nos quanto iguais e parecidos somos uns com outros.

Apesar das diferenças, das particularidades, do ADN e de os nossos comportamentos não serem exactamente iguais, em todas as circunstâncias há muito de mim em ti e muito de ti em mim…

Todos temos capacidades muito comuns, nuns elas estão mais activadas do que noutros.

Uns têm a pele mais clara e a pele mais escura.

Contudo temos todos uma pele e todos sofremos mais ou menos o frio ou a dor.

Sós, nós enquanto seres humanos isoladamente, nada somos.

Pecisamos de outros humanos para nos sentirmos maispróximos.

Para melhor sentirmos a nós no outro e o outro em nós.

Quando se chora, grita ou se insulta…

Descobrimos por isso, que também erramos o alvo e que todos de uma ou de outra forma, falhamos.

Que somos intolerantes...

Que paz entre nós não existe.

Que há stress e que não vivemos em paz connosco mesmos.

Irritamo-nos e falta-nos a calma e a paz interior...

Todos somos seres, que precisamos ainda ser mais humanos…

Somos pessoas que precisamos tornarmo-nos mais pessoa ainda e transcendermo-nos através de nós no sentido do outro.


Guerreiro da Luz

Se esse processo estivesse terminado, não valia a pena continuarmos a decobrir-nos uns nos outros. Mas também é salutar reparar alguns erros que nos recusamos a reconhecer por pura teimosia...

arion: acontece que quer queiramos ou não o proprio sentir a mudança do tempo nos impele a mudanças positivas... somos porque sentimos a nós e o outro.

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