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sexta-feira, junho 30, 2006 

Lesões afectivas


Várias são as lesões que atingem o ser humano durante sua jornada terrena. Algumas são leves, de fácil cicatrização, outras mais profundas e duradouras.

Dentre elas vamos encontrar as responsáveis por desatinos de variada ordem, que são as lesões afectivas.

Fruto do desrespeito que temos uns pelos outros, as lesões afectivas têm ocasionado homicídios, suicídios, abortos, injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas, feridas no afeto que lhes alimentava as forças.

Quantas lágrimas de aflição, quantos crimes são cometidos na sombra, em nome dessas lesões provocadas nas profundezas da alma.

Esquecendo-nos de que cada criatura leva, em sua intimidade, caracteres próprios, não conseguimos medir suas resistências, nem suas reacções diante de uma promessa não cumprida.

Usando a desculpa do amor livre e do sexo liberado, não temos atentado para as consequências amargas que resultam da nossa falta de respeito ao próximo.

Na ânsia de satisfazer os desejos carnais, não hesitamos em nos envolver levianamente com pessoas que sentem, tanto quanto nós, carências de afecto e sede de compreensão e carinho.

Quantas crianças nascem, fruto desses envolvimentos irresponsáveis, e amargam o abandono e a solidão como filhos rejeitados por um ou outro dos pais, ou pelos dois.

Quantos levam no coraçãozinho a tristeza de não poder pronunciar a doce palavra pai, porque aquele que o gerou não honrou o compromisso, deixando à companheira toda a responsabilidade pela condução da criança.

Quantos homens e mulheres que juram fidelidade, nos votos feitos por ocasião do matrimónio, e que levianamente os rompem, envolvendo-se com outras pessoas, provocando lesões afectivas inconsequentes.

Certamente muitos desses delitos não são catalogados pelas leis humanas, mas não passam desapercebidos das leis de Deus, que exigem dos responsáveis a devida reparação, no momento oportuno.

É importante que reflictamos acerca desse assunto que nos diz respeito. É indispensável que respeitemos os sentimentos alheios tanto quanto desejamos ter os nossos sentimentos respeitados.

Se não queremos ou não podemos manter um romance de carinho a dois, não o iniciemos.

Lembremos que, acima das leis humanas, existem as leis divinas, das quais não poderemos fugir, como seres imortais que somos.

Se as infringirmos, teremos que efectuar a devida reparação mais cedo ou mais tarde.

E se hoje a carência afectiva nos dilacera a alma, pode ser que estejamos reparando equívocos cometidos anteriormente.

É possível que Deus permita que soframos a falta do afecto que não soubemos valorizar quando tínhamos.

Você sabia que muitos de nós estamos altamente compromissados com as leis de Deus, em matéria de amor e sexo irresponsáveis?

Por esse motivo, mesmo estando casada, grande parte das criaturas sente falta de afecto e carinho, amargando as consequências dos delitos cometidos contra os semelhantes, na área da afectividade.

Dessa forma, vale a pena valorizar os sentimentos alheios, para que no futuro possamos ser merecedores do afecto e da fidelidade que tanto necessitamos.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Momentos de Ouro, cap. Lesões afetivas, Ed. LEAL.
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