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domingo, janeiro 15, 2006 

Lenda das Amendoeiras em flor


Quando Portugal ainda não era uma das velhas nações do mundo e o Algarve estavava na posse de reis mouros, um deles desposara uma rapariga do norte da Europa, de nome Gilda.
Por ser uma rapariga de rara beleza e encantamento chamavam-lhe a "Bela do Norte", e o rei, de tez cobreada, tão bravo e audaz na guerra desejou-a para ser a rainha.

Embora o ambiente da boda fosse envolvido de folguedos e festa, e Gilda foi acometida de uma cruel tristeza. Os riquissimos presentes do esposo não faziam com que na sua belo rosto se esboçasse a alegria de um sorriso nos lábios agora descorados. A "Bela do Norte" estava nostalgicamente cheia de saudades da sua terra de gelo.

Gilda, em pranto e soluços, um belo dia rtesolveu confessar-ae ao reique o motivo de sua tristeza se devia a não ver os campos cobertos de neve, como estava habituada na sua terra natal.
O rei temoroso de perder a amada esposa lembrou-se, então de uma boa ideia. Resolveu orendenar oas súbditos que em todo o Algarve de lés a lés se produzissem plantações de amendoeiras, e no princípio da Primavera, já elas estavam todas cobertas de flores.
O bom rei, antevendo a alegria que Gilda havia de sentir, disse-lhe:
- Gilda, vinde comigo à varanda da torre mais alta do castelo e contemplareis um espectáculo encantador!

Logo que chegou ao alto da torre, a rainha bateu palmas e soltou gritos de alegria ao ver todas as terras cobertas por um manto branco, que julgou ser neve.

- Vede - disse-lhe o rei sorrindo - como Alah é amável convosco. Os vossos desejos estão cumpridos!

A rainha ficou tão contente que dentro em pouco estava completamente curada. A tristeza que a matava lentamente desapareceu, e Gilda sentia-se alegre e satisfeita junto do rei que a adorava. E, todos os anos, no início da Primavera, ela via do alto da torre, as amendoeiras cobertas de lindas flores brancas, que lhe lembravam os campos cobertos de neve, como na sua terra.

Nós nunca sabemos ao que estamos fadados... se iremos morar na nos Açores ou na Rússia, ou em Bucareste, Milão ou no Brasil...
São os nossos paços que inconscientemente nos comandam o caminho mas que pensamos ser acordados e muito vigilantes que o vamos tecendo...

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