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domingo, fevereiro 12, 2006 

Ainda se dão grandes passeios aos domingos



Hoje é um daqueles dias em que não me apetecia escrever e substituir a dor e a mágoa por um poema como muitas vezes o faço aqui no blog…
Mas vou dar-me ao trabalho e dizer algo para que os amigos não pensem que eu perdi os dedos ou que deixei de sentir…

É domingo, dia próprio para passear, viajar, fazer turismo, visitar amigos e parentes, mas para os que estão sós passear ao domingo deve ser das piores coisas que foram inventadas…

Ali no extenso calçadão frente ao mar passeiam imensas pessoas vindas de todos os lados do concelho e de mais longe. Está sol apesar que minutos atrás eu temesse este ter desaparecido de vez… é agradável receber os seus raios…

Caminho no meio deste feérica turba de gente que apenas caminha de leste para oeste e vice-versa ou que se sentam para conversar e sentir o ar do mar e os raios de sol. Dentre estas pessoas encontro inesperadamente um amigo e seus familiares e trocamo-nos afectos e impressões…

Enquanto isso, e como havia combinado, espero num café um casal de amigos enquanto observo o falar esquisito que não compreendo dos meus vizinhos de mesa, são holandeses me parece… e olho os outros que se passeiam no calçadão em frente.
Meus amigos chegam e tomamos o chá com a conversa que é sempre agradável, pois ela não a via há uns dias e é sempre bom estarmos juntos…. Trocarmos ideias falarmos, rirmos, rirmo-nos de nós…

Mas o chá não azeda quando acaba o açúcar. Fica acre sim, quando transmito a M que tinha visto Z… Então, parece que eu não deveria ter visto Z porque M e Z por causa de outro qualquer N não se topam… Fiquei até proibido de mencionar Z por que M odeia estar ao pé de Z…
Ora em vez de tanto se odiarem, se puramente se ignorassem não seria melhor para eles. Isto é que me parece culturalmente impossível, pois ambos nasceram no mesmo distante país e a cultura das diferenças entre as pessoas e as raças a este nível não deve ser muito diferente…
Talvez isto tudo esteja no substrato mental dos idos 70 e 80 das zangas com a mãe metrópole que por eles lutou anteriormente e a seguir os acolheu no seu regaço...
O problema afigurasse-me estar no transtorno de se encontrarem ou de se mencionarem… que psicopatologia será esta tão fundamentada em opostos que em tudo me parecem iguais e nada contrários...

Seria de todo profilático tratarem este desendimento, esta evitação... A mim parece-me fácil superar estepenasra. É fácil de resolverem a coisa, em vez de contenda, se puderem simplesmente se ignorem... não mencionem, não pensem um no outro...
Não me parece possível pois quando ambos pensam en N que é comum... pensam um no outro...
People, me irmão, preste atenção!
Não é preciso estragar o que fica de resto dos domingos de sol às outras pessoas, inculcando-lhes a ideia de lavagem de honra quase duelista de há dois séculos, lembrança atávica dos tempos dos nobres de sangue azul…
A mim nada me peçam, não vou para tomar partido, apsear de que me considero laico e republicano…

Fiquem amigos cons-cientes de que não os ignorarei a nenhum de vocês…
Enquanto eu puder, serei por igual amigo de todos.

Resumindo. A modos que este domingo foi de uma tarde agradável, mas a seguir ficou-me ligeiramente transtornado o coração, apesar dos raios de luz e do ar do mar recebidos e da boa conversa tida.

Borderliner

Babalu, a questão em relação ás diferenças é mais em relação áas semelhanças... afinal o tal M e tal Z têm muito em comum...
A mim não obrigam a gostar de quem não gostam...
A desfesa dita democrática não está nem feita nem por fazer apenas está apenas pendurada na ideia de que eventualmente as culturas serão idênticas... mas isso era tudo subjacente...
O fundamental é que este tipo de linguajar me continua a azedar o chá...

Sandman não há perfeições na terra e realmente a pimenta nos olhos faz criar lágmias ou pelo menos lalevanta o lamento...

Sim, mas dá jeito para conversar um pouco e para se levantar mais tarde... para mim domingo é quando o patrão quiser... já Natal pode ser num dia qualquer...
Dos domingos só não gosto mesmo é daquele ambiente de feira á beira mar... e das corridas para todo lado e lado nenhum que algumas muitas pessoas fazem...
O limbo ás vezes faz falta para por uma escrita ou umaleitura em dia...n há-de-te convir mana Exploradora

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