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domingo, junho 11, 2006 

A tempestade e as gaivotas



Gigantesco transatlântico deixava, um dia, o porto de partida e, como todos os navios que partem, era escoltado por uma nuvem de gaivotas prateadas. Ao fim de meia hora de viagem o tempo tornou-se ameaçador. Um vento violento levantava ondas de espuma. Esboçava-se no céu uma tempestade tremenda. Ora, ainda que lutando com toda a força de suas máquinas contra os elementos desencadeados, o possante navio avançava penosamente entre as vagas agitadas.

– Pobres avezinhas – dizia um viajante que olhava do tombadilho as gaivotas as lastimava – As nossas máquinas, que representam milhares de cavalos-vapor, com dificuldade resistem à tempestade. Como podeis vós, com as vossas débeis asas, lutar contra o tufão, desamparadas no céu?

E, de repente, aquele homem, que tão compadecido se mostrava pelas avezinhas gaivotas, estendendo as asas que o Criador do universo lhes deu, abandonaram o navio na procela e ergueram-se acima da tempestade; passaram a voar numa região serena do céu.

Enquanto isso o homem, com sua presunçosa ciência, lutava penosamente para resistir à fúria dos elementos.


* * *

Reparai bem, meu amigo. Esse navio é o homem que pretende lutar unicamente com meios próprios. As asas das gaivotas são as mão débeis, de quem ora.

* * *

Pelas asas poderosas da prece eleva-se o homem acima das tempestades da vida e pode voar placidamente, como as gaivotas ligeiras, numa região que, jamais, será atingida pelos vendavais das paixões.

Mensagem esparsa

2 comments

Por vezes, não nos chega ter asas... Não chega, sequer, imaginar tê-las, não serve de nada desistir por não as saber ter. De que servem as palavras quando não nos vêm de dentro? Talvez para fazerem som?
Mais. Querer mais. Aspirar a algo mais elevado. Procurar a claridade acima da tempestade, olhar sobre o cinzento das núvens... Em tal leveza de luz devemos sustentar a nossa vida... E aí, entre o aqui e o agora, encontrarmo-nos a voar, sem que nos demos conta das asas que criámos, onde a vida se torna, ela própria, oração.

Obrigado amigo pelo comentário. Volta sempre.

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