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quarta-feira, dezembro 21, 2005 

Web blogging


No fazer das coisas gosto sempre de pedir aos meus amigos a participação. Embora isso nem sempre pareça assim na cabeça deles.
Pelo menos em relação ao postar no Borderline e, sempre que possível, isto acontece. Se algum deles se encontra online gosto de lhe solicitar a opinião sobre o que estou a tentar escrever….

Parecerá estranho a algumas pessoas o porquê deste acto.
Faço-o, não porque sinta qualquer insegurança na escrita, mas porque considero não ser conhecedor de tudo nem detentor de uma verdade suprema.

Promovo este exercício de partilha, não porque seja um hábil literato, mas porque me dá prazer fazê-lo e acredito que nesta interacção posso enriquecer-me…

Que fique claro que estes pedidos de colaboração, de mera inter-ajuda, são para que o objectivo do blog seja atingido.
Não quero que me olhem como coitadinho com falta de amor-próprio ou de auto-estima e self-trust.
A este traço de personalidade, a franqueza, muita gente chama – indevidamente e por deficiência de formação – falta de auto-estima…

Ora, o excesso de amor-próprio, apenas levando em conta a nossa teimosa e obstinada opinião pessoal, nunca foi auto-estima nem auto-amor. Podemos chamar-lhe narcisismo ou puro egocentrismo mesclado de vaidade pessoal e de imponência nas relações com os outros.

Parecerá estranho falar disto. Mas aconteceu e já está! A razão foi uma amiga, ontem, ter-me perguntado: para quem escreves este blog?
Faço-o, não por mera jugular de palavras que no final não querem dizer coisa alguma, mas por se tratar apenas de coisas banais, senso-comum trabalhado com floreados literários que eu nem sequer possuo…

Ora, a resposta está por aí previamente dita.
Procuro ainda não escrever sobre mim mesmo (pessoa), mas sobre temas que, sendo meus, resultam do meu pensar sobre o mundo, as coisas.
Ou seja, o pouco que internalizei/integrei a partir da experiência, muitas vezes confrontado com o que penso ser teoria. Enfim, a minha experiência.

Para os amigos que aqui aportarem e desejarem compartilhar sentimentos (os bons, o amor, a amizade, a auto-estima, o autoconceito) e emoções (a ira, a zanga, a raiva, a intolerância e outras ânsias…
Mas acabei por dizer simplesmente isto: para os meus amigos. Para ti…

Concordo bem com um autor espiritualista brasileiro que muito admiro (mas de cujos conhecimento, sabedoria e moralidade estou a quilómetros de anos-luz) que diz que ao ser-se acusado de receber psicografias com uma linguagem muito rebuscada e um conhecimento muito profundo em diversos domínios, responde não estar preocupado se as pessoas/leitores não percebem algumas coisas, pois é sinal de que não sabem ainda tudo. Poderão sempre continuar a perguntar, embora, no essencial, compreendam a comunicação.

Dos escritos compreendemos de acordo com o que sentimos, e cremos, enfim de acordo com a nossa cultura, que é autoconhecimento e conhecimento adquirido… Todos olhamos e interpretamos as coisas de maneira diferente...

E é nas conversas com os amigos que estou escrevendo e buscando inspiração para aqui continuar…



São os amigos e a vida a minha principal inspiração.

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