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segunda-feira, fevereiro 27, 2006 

Amor Platónico




Há, na doutrina platónica sobre a alma, um outro elemento importante: Eros, o amor.
Platão ensinava que Eros é uma força que instiga a alma para atingir o bem; ele não cessa de mover a alma enquanto essa não for satisfeita.
O bem almejado é determinado pela parte da alma que prevalecer sobre as outras.
Se fosse a sensual, por exemplo, a alma não buscaria um bem verdadeiro, pois procuraria a satisfação dos desejos que Platão julgava os mais baixos, como o apetite e a ganância.
Segundo o filósofo, o melhor é que a alma seja conduzida por sua parte racional e que utilize a energia inesgotável do amor para se dirigir ao bem verdadeiro - que compreende a justiça, a honra, a fidelidade; em suma, as virtudes supremas.

Platão dedicou uma de suas obras exclusivamente ao discurso sobre o amor: O Banquete.(...)
Para Platão, que usa Sócrates como personagem, o amor é a insuficiência de algo e o desejo de conquistar aquilo de que sentimos falta.
O amor dirige-se para o bem, cuja aparência externa é a beleza.
Existiriam muitas formas de beleza, mas a sabedoria seria a maior de todas.
A filosofia, defende Platão, é o único caminho para contemplar essa suprema verdade.
Para se realizar, o filósofo é capaz de desligar-se da paixão por outro indivíduo e dedicar-se à pura contemplação da beleza.

Bibliografia: CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Actual, 2002.

Texto de Cristina G.M. Oliveira
in Filosofia Antiga, Amor Platónico
http://www.filosofiavirtual.pro.br/amorplatao.htm