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segunda-feira, fevereiro 27, 2006 

Os putos




Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
O céu no olhar, dum puto.

Uma fisga que atira a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser criança
Contra a força dum chui, que é bruto.

Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens.

As caricas brilhando na mão
A vontade que salta ao eixo
Um puto que diz que não
Se a porrada vier não deixo

Um berlinde abafado na escola
Um pião na algibeira sem cor
Um puto que pede esmola
Porque a fome lhe abafa a dor.

José Carlos Ary dos Santos

Lá isso é uma verdade de Mr. De Lapalisse.
Técnicas e tecnologias não lhes faltam...
Já não andam de ranho á bica nem de calções e de funda e pião na alguibeira.
Veste muito bem, usam mais do que um telemóvel, já não usam cola mas snifam a droga das finas... E claro para ti que és professor abandonam a escola para se juntar a gangs e o insucesso escolar é o que é e má criação que se vê na forma como falam está por aí...
Estrão arrasca talvez não tanto, conseguem organizar-se tão bem uns com os outros usando as novas tecnologias da informação que até fazem inveja a qualquer adulto preverso.

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