terça-feira, janeiro 31, 2006 

Viajando pela mente


Não sei porque de repente me apeteceu escrever...
Talvez este afã de compartilhar convosco esta blog-obrigação tornada hábito diário.
Talvez este comunicar se tenha feito em mim instinto.

Sino-me hoje, desalentado, cansado, triste...
O porquê desta melancolia, eu ainda não sei.
Paralisa-me a acção e não lhe resisto...
Pensando bem, embora, com aquilo que a Vida me oferece,
tudo para estar e ser feliz, eu terei.

Eureka, já sei.
É ela a mente em turbilhão e desalinho, a mesma a sentir-se melancólica,
Ela mesma me levará na sua astral viagem acima do ceutauro que ainda sou,
Para que eu possa aí,
calmo respirando , concentrado e em relaxamento,
entrar numa projecção mental do Eu.

E então, encontrar uma luz cintilante cor de violeta,
trespassando o meu cérebro e iluminando a alma
me resgata o corpo...

Que este cone energético de luminosidade
leve a projectar energias em irradiação a partir de meu coração
confluindo aqui e além do horizonte.

E finalmente, passeando sobre um fresco prado verde e cintilante,
recebendo na face o zumbido sereno do vento suão
ficamos pairando no planalto acima do mar...
Onde nem o aqui, nem o agora contam
Não existe o presente e nem o futuro
que é ainda ausente.

É o alfa-delta da Consciência...
Embora o sentimento de vacuidade.
Sinto-me pleno.
Estou feliz...
EU SOU

segunda-feira, janeiro 30, 2006 

EU SOU


















Viajando montado num cavalo alado,
Meu pensamento galopando
Qual centauro procurando atirar fora as paixões da alma
Tentando elevar-me nesta bela viagem dos sentidos
Que só o encontro com o amor traz
E que apenas a responsabilidade e o trabalho podem
criar e ultrapassar…

Sair desta forma de centauro,
É transcender-me
Tornar-me homem e sábio,
É a dor da paixão transformada em amor,
Em trabalho criador...
Enfim, sei que um vencedor
EU SOU.

Borderliner

domingo, janeiro 29, 2006 

Pequenos gestos podem fazer uma grande diferença.



As relações entre as pessoas têm destas coisas, erros e equívocos.

Normalmente, estamos muito bem, e sem sentirmos aquilo que dizemos ou fazemos aos outros nos acontece que mais tarde sem que na realidade fosse esse o nosso objectivo acabamos por colocar as pessoas antes amigas contra nós ou no mínimo passam por nós e não nos falam…

As relações humanas não têm apenas uma direcção, tu cá tu lá… há as com os outros tu que são nosso tus também… logo elas têm diversas direcções e nem sempre para nos agradarmos a nós mesmos e aos nossos sentimentos, apesar da nossa vontade acabamos por desagradar por que sem querer desviamos alguém do caminho de outro alguém…

A vigilãncia e o silêncio interior é muito importante quando mantemos a escuta activa sobre os outros, e assim sem queremos os molestar com um pequeno gesto que seja ou uma palavra mal dirigida, uma observação fora de contexto. Ssei lá, tanta coisa...

E preciso que estejamos atento para as coisas mínimas, os gestos quase insignificantes. Agir de modo o menos molestante possível e o mais positivo.

Eles podem representar, para alguém, toda a felicidade.

Desconheço o autor

sábado, janeiro 28, 2006 

De saída


Apeteceu-me sair.... fico por cá de bem comigo...

quinta-feira, janeiro 26, 2006 

Cupido atraiçoado

Coitado do pequeno anjo, quase impotente na sua acção no meio desta parafernália de modos de comunicação.
Desejava ele levar a mensagem do amor de um ser que ama ao outro ser desejado....
Enquanto volitava no etéreo acima do grande mar,
Eis que uma seta o atinge vinda do meio da confusão gerada na mente do outro ser amado.
Como é cruel a comunicação ou a falta dela.
Num clique é fácil pôr fim a tudo sob inluência de energias nefasta...
basta apenas rejeitar uma chamada no telemóvel...
As forças malignas do da inveja e da bizarra traição do Hades atingem o pequeno e angélico Cupido...
E então fica apenas a recordação dos bons momentos passados e no ar exala um cheiro a merda pestilento um cheiro nausaeabundo causado pela seta maligna enterrada nas nas costas do Cupido...
Felizmente a Providência não dorme e dois seres da falange de Isabel de Aragão passaram por ali sobre o oceano e com seus fluidos de éter dezfizerama seta infame lhe sararam as feridas e deixaram no ar um doce perfume de rosas vermelhas... enquanto este prossseguia a sua marcha sem fim...

quarta-feira, janeiro 25, 2006 

Não sei...



















Não sei...
se a vida é curta ou longa demais pra nós,
mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que acaricia,
desejo que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira,
pura ...
enquanto durar...

- Autor Desconhecido -

terça-feira, janeiro 24, 2006 

Para que serve um amigo...





















UM AMIGO...

Ajuda-te

Valoriza-te

Respeita-te

Acredita em ti

Nunca te goza

Compreende-te

Nunca se ri de ti

Aceita-te como és

Eleva o teu espírito

Caminha a teu lado

Perdoa os teus erros

Admira-te no teu todo

Acalma os teus medos

Oferece-te o seu apoio

Ajuda-te a levantares-te

Diz coisas lindas sobre ti

Ama-te por aquilo que és

Explica-te o que não entendes

Diz-te tudo sobre o teu coração

Entrega-se-te incondicionalmente

Diz-te a verdade, quando precisas ouvi-la

Grita-te, se necessário quando não queres "ver" a realidade

Recebi esta mensagem do Jorge Costa, meu amigo, à laia de corrente, vocês sabem daquelas para ver quantos são os nossos amigos depois conforme os que responde ao email.
Apeteceu-me não o fazer dessa e publicar aqui…
Assim se desejares podes fazê-lo nos anónimos mas prefiro que deixes o teu nome ou nick...
Obrigado

Borderliner

segunda-feira, janeiro 23, 2006 

Há Sempre Alguém


O mundo inteiro está cheio de pessoas:

Há pessoas caladas, que precisam de alguém para conversar...

Há pessoas tristes e doentes, que precisam de alguém que as confortem...

Há pessoas tímidas, que precisam de alguém que as ajudem vencer a timidez...

Há pessoas sozinhas, que precisam de alguém para brincar...

Há pessoas com medo, que precisam de alguém para lhes dar as mãos...

Há pessoas fortes, que precisam de alguém que as façam pensar na melhor maneira de usar a sua força...

Há pessoas habilidosas, que precisam de alguém para ajudar a descobrir a melhor maneira de usarem a sua habilidade...

Há pessoas que se julgam incapazes para todas as coisas e precisam de alguém que as ajudem a descobrir o quanto podem fazer...

Há pessoas apressadas, que precisam de alguém para lhes mostrar tudo o que não tem tempo para ver...

Há pessoas impulsivas, que precisam de alguém que as ajudem a não magoar os outros...

Há pessoas que se sentem de fora e precisam de alguém que lhes mostrem o caminho do convívio...

Há pessoas que dizem que não servem para nada e precisam de alguém que lhes ajudem a descobrir o quanto são importantes na vida...

Há pessoas que precisam de alguém...

Talvez de si.

Pense nisso!

A D - desconheço a autoria desta mensagem

domingo, janeiro 22, 2006 

O amor tem a dimensão que tu lhe deres...

















Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luiz Vaz de Camões















A dimensão do amor é aquele que nós lhe concedermos.
É sempre de nossa livre escolha tranformá-lo em grandioso, altruísta, partilhado.
Também é a nós a quem cabe fazer da vida a dois uma sucessão de momentos de felicidade.
Tendo isto em mente não podemos deixar passar a excelente oportunidade de sermos felizes, o mais que possamos, até que o consigamos.

sábado, janeiro 21, 2006 

Descubra o Amor






















Pegue um sorriso
e doe-o a quem jamais o teve...

Pegue um raio de sol

e faça-o voar lá onde reina a noite...

Pegue uma lágrima

e ponha no rosto de quem jamais chorou...

Pegue a coragem

e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar...

Descubra a vida

e narre-a a quem não sabe entendê-la...

Pegue a esperança

e viva na sua luz...

Pegue a bondade

e doe-a a quem não sabe doar...

Descubra o amor

e faça-o conhecer o mundo...

Mahatma Gandhi

 

Sensibilidade vs tamanho


“Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande.
É a sua sensibilidade sem tamanho.”
- diz-nos Martha Medeiros, uma psicóloga e escritora brasileira.

Quando se pensa numa pessoa, pensa-se sempre mais naquilo que ela nos mostra do que na realidade da sua personalidade.
Raramente temos em atenção aquilo que é a sua realidade interna, o que pensa, as ideias e opiniões que tem, como sente este ou aquele momento, como se posiciona face a uma deslumbrante paisagem humana ou natural…
Olhamos sempre e quase sempre para o corpo…
É o corpo que nos atrai... depois a voz e por aí...

Mas quantos com lindos corpos, autênticos armários de estilo, nada têm dentro de sua cabeça em matéria de inteligência e, menos ainda no coração, em matéria de emoção …
Quantos os homens e mulheres muito lindos loiros ou morenos, sem pingo de inteligência, abusando do seu narcisismo não se conseguem relacionar bem com o semelhante.
Vivem sem saber dar-se com o outro…

Claro que os outros tipos de pessoas também terão estes handicaps, mas é dos armários lindos que falo.
E aí, lembro a figura do segurança de discoteca grandalhão que simplesmente empura para a rua um indivíduo que a porteira também ela musculada linda e loura, dentro da mesma linha estereotípica, não considerou apto a pertencer ao jetdisco e lhe barrou a entrada...

Pois, mas mesmo sabendo isto tudo, quantas não são as vezes em que nos deslumbramos por esses lindos corpos e nos deixamos fascinar até percebermos que dentro daquelas cabeças só havia mesmo serradura, cágados, erva bicha, areia, chocalhos, campainhas de porta…

Borderliner


PS:
Quem conheceu o professor e mestre de teatro, o médico oftlamologista Dr. Emílio Campos Coroa melhor perceberá estas últimas jocosas palavras… Lembrei-me que ele dizia isto a nós alunos da disciplina de Higiene, quando não sabíamos nada de sexualidade que no anos 60/70 ele já ensinava e ao que sei fazia o mesmo nos ensaios de teatro do Círculo Cultural do Algarve…

sexta-feira, janeiro 20, 2006 

Será que poderemos viver a sós, por nós mesmos?


Pensamos e vivemos por nós mesmos. Realizamos as nossas actividades por conta própria.
E, decidimos isoladamente na nossa consciência o que fazer e qual o melhor caminho a tomar.
Todos nós por necessidade gregária, algum dia sentimos a necessidade da companhia e da partilha…

Somos seres individuais, únicos mas não vivemos sós. Não nos é apenas possível passar, respirando o ar que a natureza nos proporciona…

Precisamos dos outros para nos fornecerem o que necessitamos para sobreviver… seja a comida ou o tinteiro para o computador ou a conversa fiada com o amigo que está do outro lado da linha etérea que é a net… Vivemos num mundo de permutas…

Podemos fazer muitas coisas sós mas não podemos viver sós.
Ah, como eu fico perturbado quando ouço a expressão: ah, eu não preciso de ninguém, estou muito bem sozinho…
Que ideia descabida, ignorante e egocentrista.

Se assim é, então porque teremos o dom da fala e da escuta? Se não é para vivermos sozinho/as seríamos necessariamente todos mudos e surdos, se a Lei Natural, no início do verbo assim o tivesse entendido…

Todos comunicamos. Mal ou bem. E naturalmente para subsistirmos enquanto gente, precisamos nos entender…

Este entendimento vem muitas vezes sob a forma do carinho amigo.
Às vezes durante o nosso ciclo vital resolvemos e escolhemos adoptar um amigo de quatro patas. Não entendemos bem o que ladra ou mia, mas entendemos quando ladra a direito ao testo da água ou da comida…

Percebemo-lo melhor ainda, e aí aprendemos que tem sentimentos parecidos com os nossos.
Quando estamos tristes porque estamos sós e ninguém aparece para tomar café e dar dois dedos de conversa, e esse amigo de quatro patas nos dá uma lambidela na cara, como que percebendo a nossa angústia, nos reconforta e mostra-nos o seu carinho…

Eu penso sempre que, precisamos todos de todos. Esta é a lição que os amigos de quatro patas nos dão…

Ah como aprendemos a viver com os outros seja pela ternura duma assertiva conversa ou de um aperto de mão ou de um porque se fizeres assim vais conseguir…

Com os amigos que não dizem a asneira, porque não podem dizer, ou a desconhecem por irracional de: eu não preciso de ninguém.
Esta forma de comunicar com carinho e sociabilidade, manifesta-se especialmente quando alguém chega e ele pressente nele um amigo do dono e abana a cauda ou dá uma focinhada no rabo como o meu amigo de quatro patas fazia com os meus amigos enquanto aqui existia…

Lembrei-me disto e apeteceu-me tecer aqui a recordação à laia de homenagem ao meu cão Bollis desaparecido por esta altura há uns anos atrás e que era bom amigo do dono e de todos os seus amigos e amigas, e que com ele aprendi muitas lições de vida em sociedade…

Borderliner

quinta-feira, janeiro 19, 2006 

A Importância do Olhar, do Sorriso e do Tom de Voz


São os olhos do Amigo que nos fazem ver a nós próprios, com mais clareza do que se nos víssemos ao espelho.

Os Amigos são o nosso espelho. São eles que reflectem aquilo que somos, através daquilo que nos transmitem pelo olhar, e pelo sorriso, comunicando sentimentos, emoções e sensações.

O Amigo é, exactamente, aquele que nos revela quem somos, no complexo jogo da comunicação humana.
Com o olhar, o Amigo pode abençoar-nos, comunicar aprovação e dar-nos importância ou mesmo discordar e/ou criticar...
Pode dizer o que os lábios não dizem... porque não conseguem ou não sabem... pode falar a misteriosa linlguagem dos afectos, a linguagem do Amor Fraterno que nos faz sentir livres e Vivos.

Através do olhar, o Amigo pode tornar evidentes capacidades que mais ninguém descobriu em nós, que até nós próprios não tínhamos descoberto, dando-nos coragem, principalmente em determinados momentos em que necessitamos ser valorizados, aprovados... e importantes para aqueles que, um dia, o nosso coração cativou...

«O olhar não engana ninguém. É como um espelho: reproduz com exactidão o que se passa no coração do homem» (Carlos Schmitt).

Por outro lado, o tom de voz que usamos na comunicação com o Amigo, os seus vários timbres e as suas inflexões... conseguem exprimir as emoções inexprimíveis.
A modulação da voz na comunicação afectiva é primordial, pois fala por si mesma, traduzindo mensagens, como instrumento importante de afectividade.

Pode traduzir ternura, atenção, afeição, humor, brincadeira, tão importantes para a necessidade de pertença, e desejo de união, principalmente em momentos de «solidão interior».

O sorriso em profusão, e o riso sincero e autêntico são absolutamente necessários entre Pessoas que se querem bem.
Dão sabor aos encontros, leveza e espontaneidade à partilha de vida. Rir é bom, faz bem e sabe bem... principalmente em boa companhia...

A nossa alma é extremamente complexa e os seus caminhos são pluridisciplinares, o que nos permite ser capaz de ler as expressões e experiências.
Através delas o tempo dilata-se, despe as suas roupagens habituais e carrega-se de sacralidade...

Bastos, Ana Paula. Mensagem de Amizade. Edições Paulinas. Lisboa



«Entender com os olhos é
um atributo de fina subtileza do amor.»
Shakespeare

«O coração não envelhece.
Basta um sorriso, um nada, e tudo nele se ilumina e aquece.»
N. S.

«Amor é sentirmo-nos espiritualmente realizados quando vemos
a própria felicidade reflectida nos olhos de quem amamos.»
N.S.

«O amor é um sentimento interior que não se pode esconder
pois transparece nos olhos de quem ama.»
N.S.

 

A alegria do olhar


«Cultivar a alegria não é tapar os olhos
para não ver as coisas feias e os dissabores do mundo,
não é cobrir a realidade com um véu cor-de-rosa
para criar uma felicidade ilusória; pelo contrário,
viver na alegria é viver na consciência extrema,
testemunhando, na escuridão do mundo,
que o nosso ser pertence a algo diferente.
A alegria não é uma linguagem de palavras,
é uma linguagem de olhares, a alegria não convence, contagia.
A alegria é poderosamente subversiva,
porque é subversivo o amor sem distinções que ela transmite.»


Susanna Tamaro

quarta-feira, janeiro 18, 2006 

A Tragédia de Narciso


«Para Narciso, nada significavam as moças de coração despedaçado pela dor e nem sequer o triste caso de Eco, a mais bela das ninfas o comoveu.
(...) Com a injustiça que lhe era habitual, voltou-se contra Eco, que passou a ser uma das infelizes donzelas castigadas por Hera.
(...) Foi uma sentença dura, mas piores ainda foram os amores de outras raparigas por Narciso, que a todas desprezava.
Eco seguia-o para todo o lado mas não podia endereçar-lhe palavra.
(...) Quando Narciso se debruça sobre um lago para beber viu nele reflectido a sua imagem e, nesse mesmo momento, apaixonou-se por si próprio.
“Agora sei – exclamou – o que tenho feito sofrer (...) e, no encanto, como é que hei-de chegar ao encanto que vejo nas águas. Entretanto não sou capaz de o abandonar e só a morte me poderá libertar.”»

Edith Hamilton (1970). A MITOLOGIA. Lisboa: Publicações Dom Quixote, pp. 118-123

terça-feira, janeiro 17, 2006 

O Corpo é um Rio


Nós todos temos a tendência de encarar nossos corpos como "estruturas congeladas", objetos materiais fixos e sólidos, quando somos, na verdade, como os rios em constante mudança, fluindo padrões de inteligência.

Heráclito, o filósofo grego, declarou: "Não podemos entrar em um mesmo rio duas vezes, porque novas águas estarão fluindo sempre".
Isso também é verdadeiro para nossos corpos.

Se você beliscar a cintura, a gordura entre seus dedos não será a mesma do mês passado.
Seus tecidos adiposos (células de gordura) enchem e esvaziam constantemente, sendo inteiramente trocados em três semanas.

Você adquire uma nova parede estomacal a cada cinco dias (a camada mais interna das células do estômago é trocada em minutos, durante a digestão dos alimentos).
Sua pele é renovada a cada cinco semanas.

Seu esqueleto, aparentemente tão sólido e rígido, é inteiramente renovado em três meses.
Todo o fluxo de oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio é tão rápido que você poderia ser renovado em poucas semanas; são apenas os átomos de ferro, magnésio, cobre e outros que retardam esse processo.

Sua aparência é a mesma, mas você é como um edifício cujos tijolos são trocados constantemente por outros.

Em um ano são trocados 98 por cento dos átomos de seu corpo, como confirmam os estudos de radioisótopos dos laboratórios de Oak Ridge, na Califórnia.

Esse fluxo constante de mudança é controlado no nível quântico do sistema mente-corpo, mas a medicina não aproveitou esse fato, ainda aguarda o salto quântico.

Para modificar o print-out do corpo, sua saída impressa, você precisa aprender a reescrever o software da mente.

Fonte: Saúde Perfeita, Deepak Chopra, Ed. Best Seller, São Paulo, SP, pp. 23-24.

domingo, janeiro 15, 2006 

Lenda das Amendoeiras em flor


Quando Portugal ainda não era uma das velhas nações do mundo e o Algarve estavava na posse de reis mouros, um deles desposara uma rapariga do norte da Europa, de nome Gilda.
Por ser uma rapariga de rara beleza e encantamento chamavam-lhe a "Bela do Norte", e o rei, de tez cobreada, tão bravo e audaz na guerra desejou-a para ser a rainha.

Embora o ambiente da boda fosse envolvido de folguedos e festa, e Gilda foi acometida de uma cruel tristeza. Os riquissimos presentes do esposo não faziam com que na sua belo rosto se esboçasse a alegria de um sorriso nos lábios agora descorados. A "Bela do Norte" estava nostalgicamente cheia de saudades da sua terra de gelo.

Gilda, em pranto e soluços, um belo dia rtesolveu confessar-ae ao reique o motivo de sua tristeza se devia a não ver os campos cobertos de neve, como estava habituada na sua terra natal.
O rei temoroso de perder a amada esposa lembrou-se, então de uma boa ideia. Resolveu orendenar oas súbditos que em todo o Algarve de lés a lés se produzissem plantações de amendoeiras, e no princípio da Primavera, já elas estavam todas cobertas de flores.
O bom rei, antevendo a alegria que Gilda havia de sentir, disse-lhe:
- Gilda, vinde comigo à varanda da torre mais alta do castelo e contemplareis um espectáculo encantador!

Logo que chegou ao alto da torre, a rainha bateu palmas e soltou gritos de alegria ao ver todas as terras cobertas por um manto branco, que julgou ser neve.

- Vede - disse-lhe o rei sorrindo - como Alah é amável convosco. Os vossos desejos estão cumpridos!

A rainha ficou tão contente que dentro em pouco estava completamente curada. A tristeza que a matava lentamente desapareceu, e Gilda sentia-se alegre e satisfeita junto do rei que a adorava. E, todos os anos, no início da Primavera, ela via do alto da torre, as amendoeiras cobertas de lindas flores brancas, que lhe lembravam os campos cobertos de neve, como na sua terra.

sábado, janeiro 14, 2006 

Quando não nos damos a conhecer


Um amigo é alguém a quem podemos dizer qualquer
disparate que nos venha à cabeça.
Com as pessoas conhecidas, estamos sempre conscientes
da imagem um pouco irreal que têm de nós,
e não nos damos a conhecer.
Há muitos casamentos entre pessoas conhecidas.
Podemos estar com uma pessoa durante três horas
da nossa vida e arranjar um amigo.
Uma outra continuará a ser uma pessoa conhecida
durante trinta anos.

J. D. Macdonald



Penso eu que até o simples pedir salsa à vizinha ou o perguntar intrometido de vizinha "na a vi em casa ontém onde é que foi?..." são meio caminho para uma boa relação duradoura e amistosa, especialmente se correctamente falarmos com as pessoas poderemos fazer delas mais do que simples conhecidos, vizinhos, poderemos ser mais amigos...

sexta-feira, janeiro 13, 2006 

Seja você mesmo


«Quando nos recusamos a passar quem realmente somos para os outros, é a nossa imagem que eles passam a conhecer e até a amar ou não apreciar, e não aquilo que somos verdadeiramente.
Freqüentemente as pessoas têm medo do julgamento dos outros e elas preferem "seguir a maré" do que contradizer.

Talvez tenham medo de se revelar por achar que não vão ser aceitas como são, ou então para não magoar e ferir os outros, preferem agir como se estivessem de acordo com tudo.
Dizem sim quando interiormente pensam não.

E cria-se assim uma imagem falsa e errônea de si mesmo.
Mas a vida não é um palco e nós não somos todos atores que, depois do espetáculo, se despem da sua personagem.
Se fazemos isso criamos em volta de nós mesmos um mundo hipócrita.

Não digo aqui que devemos ficar jogando nossas verdades sem nos importar com a reação das pessoas.
Nós não somos uma ilha e menos ainda o centro do mundo.
Todavia, tem momento e meio pra tudo na vida.

O importante é a sinceridade.

Uma mesma coisa pode ser dita de diferentes maneiras e causar diferentes impactos naquele que ouve.
É o que chamamos de eufemismo e que não faz mal a ninguém.
Uma coisa é dizer "essa cor fica horrível em você" e outra "eu acho que aquela ficaria bem melhor em você."

Se não concordamos com uma idéia ou uma pessoa, há maneiras de expôr o que pensamos sem ser desagradáveis.

Nós somos o que somos e pensamos o que pensamos.
As pessoas que nos amam devem nos amar por aquilo que somos e não pelo que aparentamos ser.
Elas nos aceitarão apesar de nossas falhas se perceberem que somos sinceros e se nos amarem verdadeiramente.

Os verdadeiros amigos não devem estar obrigatoriamente o tempo todo de acordo, mas devem aprender a respeitar e aceitar a diferença do outro, porque são justamente as diferenças que nos enriquecem.

Qualquer que seja a situação, seja você mesmo.
Sincero, límpido, transparente.
Talvez você não seja o ideal para todo mundo, mas você saberá que aqueles que te amam, amam profundamente e de todo o coração.»

(Letícia Thompson)

 

Individualismo













«O mundo das Máquinas e da pressa gera o individualismo.
A maioria preocupa-se exclusivamente consigo,
e nem quer saber de abrir o coração a alguém. (…)
Concordo que não é fácil descobrir um verdadeiro amigo.
Mas daí ao exagero de te fechares totalmente em ti,
não parece o mais acertado.
O individualismo gera a solidão, e esta é,
muitas vezes, mãe de desânimo e de descrença.
Tonrno-me um espírito fechado, cheio de reservas
e desconjianças.
Rejeito, de antemão, o amor que
alguém gratuitamente me possa oferecer.
Nem todos, porém, são aproveitadores.
Nem todos têm «segundas intenções».
Ainda há, graças a Deus, gente que sabe amar.
Gente que está disposta a partilhar a sua vida com os outros.
Gente que coloca a pessoa acima dos negócios e dos números.»

Carlos Schmitt


«As pessoas podem ser dispensáveis mas um amigo é uma necessidade.»

Voltaire

Acho que o individualismo das pessoas se revela em "....achar que toda a gente tem que ver as coisas de acordo com o seu próprio ponto de vista, como se existisse só um, e fosse mesmo aquele..." e se esquecer que o outro tem direito ao seu ponto de vista mesmo que este seja um ponto de vista obstinado.
Aceitar o ponto de vista do outro, ao contrário é ser solidário. Se não se concorda com ele se somos amigos, se temos confiança para isso, o melhor é dialogar, falar, discutir o assunto. Ao invés calar-se e não lhe responder é simplesmente e egoísmo. Afinal fazer como se o outro não existisse não é nem clareza de espírito nem mesmo frontalidade...
Para mim um modo de não ser indivdualista é considerar que todos os outros têm direito a existir. E, se não quero ser um egoísta exarcerbado, um cultivador do individualismo sem fronteiras, um narcisista doentio (quase borderliner, lol) é compreender o outro seja ele quem for, não o atirar à fogueira nem estigmatizá-lo....

quinta-feira, janeiro 12, 2006 

travessia


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa

 

Venham Mais Cinco


Venham mais cinco
Duma assentada
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá

Se tem má pinta
Dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que è rei
D'aquém e D'além Mar

Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar

A gente ajuda
Havemos de ser mais
Eu vem sei
Mas há quem queira
Deitar abaixo
O que eu levantei

A bucha é dura
Mais dura á a razão
Que a sustém
Se é nesta rusga
Não há lugar
Prós filhos da mãe

Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar

Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei

Poema-Canto de Zeca Afonso

terça-feira, janeiro 10, 2006 

Fui à Beira do Mar


















Fui à beira do mar
Ver o que lá havia
Ouvi uma voz cantar
Que ao longe me dizia

Ao cantador alegre
Que é da tua alegria
Tens tanto para andar
E a noite está tão fria

Desde então a lavrar
No meu peito a Alegria
Ouço alguém a bradar
Aproveita que é dia

Sentei-me a descansar
Enquanto amanhecia
Entre o céu e o mar
Uma proa rompia

Desde então a bater
No meu peito em segredo
Sinto uma voz dizer
Teima, teima sem medo

Poema-Canto de José Afonso

segunda-feira, janeiro 09, 2006 

A (an)Dança da(s) Bruxa(s)

Era uma comunidade de bruxas, cada uma com sua vassoura mas sempre disputando entre elas, o caldeirão das magias.

Naquele dia, ao preparar o jantar uma das bruxas deu-se conta que o caldeirão onde cozinhava as comidas sem sal e sem gordura estava furado, embora nada se notasse à vista desarmada.

Então as bruxas discutiram muito sobre o caldeirão, quase que uma das duas, sabe-se lá qual o ia arrebentando. Ficaram até com os cabos da vassoura voltados ao contrário.

Mesmo assim, depois de muito discutir com a outra bruxa cozinheira lá conseguiu arrancar com o caldeirão e foi de viagem.
Foi levá-lo a consertar na capital do reino da magia.
Ora bruxa sem caldeirão é como padeira sem forno, não fabrica bolos nem pão...

A bruxa lá levava o caldeirão enganador onde cozinhava as dietas e, que na realidade era o caldeirão das poções mágicas e alquimias, e que vertia os lí­quidos por cima dos corpos das pessoas que seduzia. Foi apresentar-se para um novo trabalho que a haveria de levar a ser muito conhecida e famosa (Rich and Famous como as stars americanas)

No meio desta saga, penso que a bruxa acabou por perder o caldeirão. Este agora já nem precisava mais dela para fazer as suas alquimias. Ele se havia licenciado entretanto e sindicalizou-se e tudo e a vida parece ter-lhe corrido de vento em popa... Ficou independente da tia bruxa e ganhou vida própria e autonomia... enfim, cresceu como toda a gente.

A bruxa encontrou outro caldeirão diz ela que melhor, caberia lá tudo como num armário, até que o novo se fez velho e começou também a romper-se, não lhe chegaram nem os trens de cozinha nem os edredões nem os bordados que havia recebido pelo jantar... como bruxa é sempre bruxa e de tanta bruxice acaba sempre por perder o caldeirão...


Moral da história: uma bruxa que se preze tem que ser perspicaz e ter sempre um caldeirão novo à mão.


Este texto foi inspirado na fábula A Bruxa e o caldeirão de José Léon Machado e as ilustrações retiradas do mesmo livro e da autoria de Alexandre Bandeira Rodrigues


PS: Como devem perceber pelo meu perfile, não acredito realmente em bruxas (pero que las hay, hay) Acredito sim haver um potencial divino que jaz em nós e que mediante o respeito pelas as leis naturais da vida nos pode ajudar a melhorar e a servirmos na seara do bem interagindo connosco mesmos e com os nossos semelhantes, isto é, este potencial divino, espiritual é o que nos faz mais humanos e nos transforma em pessoa.

sábado, janeiro 07, 2006 

Fala





















Fala a sério e fala no gozo
Fá-la pela calada e fala claro
Fala deveras saboroso
Fala barato e fala caro
Fala ao ouvido fala ao coração
Falinhas mansas ou palavrão
Fala à miúda mas fá-la bem
Fala ao teu pai mas ouve a tua mãe
Fala francês fala béu-béu
Fala fininho e fala grosso
Desentulha a garganta levanta o pescoço
Fala como se falar fosse andar
Fala com elegância - muito e devagar.

Alexandre O'Neil

quinta-feira, janeiro 05, 2006 

Vamos cantar às Janeiras













Natal dos simples

Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas

Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte

Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra

Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza

Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura

Letra e música: Zeca Afonso (reis, janeiras, canção de Natal)
In: Cantares de Andarilho;














foto retirada de http://www.novaguarda.pt

Este canto que ano ap?s ano ainda se repete em algumas regiões do nosso paí­s, é o canto das janeiras. No Sootavento do Algarve recebe a denominação de charolas.

As pessoas em grupo cantam de porta em porta; nas véspera de Ano Novo e também na do Dia de Reis.
No seu canto em versos ao desafio, anunciam o nascimento do Cristo Jesus e dão vivas ao novo ano recém-nascido.
Dentro de uma alcofa ou numa caixa de madeira, alguns transportam consigo o í­cone do Menino Jesus. E no momento da despedida o dono da casa onde acabaram de cantar à porta, em jeito de dar os agradecimentos, dá ao grupo oferendas.

Estas belas tradições da época do Natal, estão enraizadas na memória cultural do nosso povo, e transportam a memória de outros eras e gerções passadas.

Post Scriptum: Engraçaado que acabando de postar este texto, um grupo de janeiras canta à minha porta e no fina lá levaram de oferenda as merecidas filhoses e sonhos (de abóbora)...

quarta-feira, janeiro 04, 2006 

O Jogo de Pedras


Jogam, para haver jogo, as brancas com
As pretas e as pretas com as brancas;
Não as brancas contra as pretas nem,
Obviamente, as pretas contra as brancas.

Poema de Alberto Pimenta

terça-feira, janeiro 03, 2006 

Ser só. Ser solidário...


Vou à rua! Decido-me.
É o dia segundo do ano, continuo com uma crise existencial por resolver.
E acho que a arranjei para me fazer mal... para me travar, embotar o pensamento enfim me paralisar ou me por a andar... não sei...

Foram os vagos encontros que tive com os sentimentos mal digeridos que me levaram a este estado...
Ou será ainda a ressaca do excesso de curte da madrugada da passagem do ano?...

Em certas alturas por mais as pessoas mostrem ser fortes.
Qual tartaruga solitária escondida na carapaça velha.
Sentem que precisariam do acasalar.
De sentir o agasalho e carinho e compreensão de outra parte.
Mas isso deve ser lá mais para a primavera ou verão (LOL)
Da normal discussão a dois, de objectivos não realizados por uma ou ambas as partes.

Então se dividem por aí­, com o ego quebrado e self magoado...
Pois constato sermos seres únicos.
Se calhar também solitários e isolados.
Mas somos ainda muito gregários.
Precisamos dos outros. De nos doarmos.
Num aperto de mão. Num abraço. Em um...
Olá, tudo bem?
Precisamos desta constante permuta de energias...

Precisamos de nós mesmos da nossa busca interior fazendo face à inquietação e à dúvida.
Mas precisamos sobretudo da partilha com os outros...
Exercitar o narcisismo mas transpô-lo, será que é ser egoísta ou querer ser solidário?
Não sei!
Como á bem árdua e difí­cil a tarefa de um entre pares (solitário)...

Acho que o que há, são coisas e manifestações que eu não percebo nas pessoas.
Das quais importo e introjecto.
É o modo como (mal ou nulamente) se relacionam ou fazem por não se relacionar. Isso, eu acho estúpido.
Já que penso não sermos tão frios ou tão animalóides, desprovidos de sentir.

Embora a razão retire, por vezes, o sentimento da solidariedade às pessoas.
As transforme em máquinas que parecem apenas ser racionais e desprovidas de sentimento e emoção.

O meu Eu não é assim
É por isso, que compreendo sem ter de concordar....
Que o deva ou tenha de ser desta forma....
Parece que consegui exteriorizar de alguma forma um desabafo.
Foi sentido.
Sinto-me melhor. Agora...

domingo, janeiro 01, 2006 

Dia Primeiro do Ano. Dia Mundial da Paz.

Chegamos com alguma dificuldade. Porém sem grande luta. E, de certa forma,
pacificamente e muito bem. Depois de termos conseguido o tal mais do que dois em um de que falávamos ontém...
Festejámos, "arrombámos" e calmamente, sem grande desasossego interior lá chegámos a casa....
Embora ontém o desejássemos, não conseguimos ainda falar e nos entender de modo pacífico como desejarí­amos, com algumas pessoas com quem habitualmente nos cruzamos.
Então, enviamos e-mails a desejar paz em seus corações e que não se atormentasem senão por si mesmos que nem por nós...
Pensamos pois, e não apenas de hoje, não estarmos aqui de passagem na Nave Mãe para que assim seja, indiferentes, estúpidos e hipócritas ou mesmo até guerreias de grandes razões
Embora isto, ás vezes nos/vos enganemos com atitudes mais gritantres e rebeldes...
Passamos por aqui, pensamos não para vos desejar sempre um bom novo recomeço, em paz, sossego e harmonia... mas não desejamos a ninguém nem a nós memos, que o mar um atlânico mar quente e podre qual mar vermelho ali ao virar da esquina no próximo oriente...
Que o mar ao sul nos abençoe com a Alegria da Paz e da Amizade e da Solidariedade entre raças e credos diferentes, neste Dia Internacional da Paz...
A paz em Ti ajudará a fazer-se a Paz no Mundo....

 

ANO NOVO


Ano Novo, esperança renovada
É o momento de crença e de alegria
Como se de repente é madrugada
Novo Sol encantasse aquele dia

E os doentes cansados da jornada
Ignoram os achaques e a agonia
Quem chorava já ri frente a virada
Tudo é festa onde só tristeza havia

E nas ruas e praças da cidade
Vibra o amor, vibra a solidariedade...
Toda alma reluz, encanta e brilha

E é cheio de tal encantamento
Que desejo com todo sentimento
Paz de Deus pra você e sua famí­lia

Paz e Luz!
Merlânio Maia
maiacordel@gmail.com